Férias são excelentes para alimentar os relacionamentos familiares.

Período de férias é excelente oportunidade para família “treinar” convivência.

Um filho passa por 3 etapas de socialização do nascimento até a juventude: elementar; familiar e comunitária. A socialização elementar até os 2 anos de idade é para o autoconhecimento, do que quer ou não quer. A socialização familiar é o aprendizado e educação para se viver em família e vai até o filho começar a frequentar uma escola. A socialização comunitária começa com a escola para completar o aprendizado do viver em sociedade.

Nestas últimas décadas, a socialização comunitária atropelou a familiar. É o que acontece quando suas mães trabalham e deixam o bebê em creches ou em “escolinhas” que atendem bebês. Mesmo sem serem working mothers e as crianças indo mais tarde, 3 anos de idade, para a escolinha, o mundo entra em casa muito cedo, através da tecnologia dos computadores que encanta crianças com 1 ano e meses de vida. Quando esta criancinha que mal anda e fala direito tem irmãos mais velhos já instrumentando joguinhos eletrônicos, seu interesse aumenta.

 

Quais são as consequências deste atropelamento da socialização comunitária sobre a familiar? Não seria nada prejudicial se os pais forem presentes, atuantes, participativos e comprometidos na vida dos filhos, a ponto de conseguirem ensinar e exigir que pratiquem os ensinamentos dados como: ética; gratidão; religiosidade; disciplina; empenho; cidadania; estabelecer prioridades; atender hierarquias; não procrastinar; cumprir com suas obrigações, programações e horários; cuidar das atividades básicas do cotidiano; competição saudável etc. É a educação orquestrada.

A situação piora muito quando pais e mães trabalham fora de casa e no pouco tempo que convivem com seus filhos estão mais para satisfazê-los do que educá-los, e não raro até terceirizam a educação. Estes filhos crescem fazendo o que têm vontade, e não aprendendo a lidar com frustrações tornam-se pequenos tiranos que vão reinar também na escola, já que eles estão no topo do poder familiar. É o crescimento silvestre.

Férias são excelentes oportunidades para se praticar a saudável convivência concentrada se os pais e seus filhos silvestres puderem passar juntos. Funciona como uma academia de esporte nas férias ou um acampamento quando a família forma uma equipe onde todos devem aprender e praticar a interdependência em todas as atividades. Não pode haver nenhum folgado, mesmo que os pais sejam muito poupadores, pois a equação da vida ensina: embaixo de um folgado tem sempre um sufocado. Tudo deve ser feito em conjunto, desde as obrigações domésticas como colocar o local onde estão em ordem. Nada de um ficar no computador, outro na televisão, enquanto a mãe ou o pai fica arrumando seja o que for de uso comum.

Esta convivência concentrada não depende de onde estejam nem por quanto tempo. O espírito de equipe é que deve estar sempre presente na educação orquestrada a ser praticada por todos os familiares.Para a vida, a família é a menor equipe que compõe a sociedade. Mas a realidade é cruel. Se os pais não conseguem fazer suas férias coincidirem com as dos filhos, a distância aumenta entre os familiares e fica cada vez mais distante a educação orquestrada. Uma convivência concentrada é como um soro na veia da família que está se desagregando pelo crescimento silvestre.

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